Moedas Para o Barqueiro

Moedas Para o Barqueiro

 

Título: Moedas para o Barqueiro

Autor: vários autores (organizadora: Cristiana Gimenes)

Número de Páginas: 300

Editora: Andross

Nota de 1 a 5: 4

 

  Moedas para o Barqueiro não é exatamente um livro, uma vez que ele é uma antologia, ou seja, uma coletânea, mais especificamente de contos fantásticos sobre a morte, neste caso.

  É difícil analisar algo deste gênero pois ao longo da leitura você se depara com diferentes pontos de vista, com diferentes abordagens do mesmo tema, enfim, você nunca sabe o que esperar pelo próximo conto (e não pense que os títulos te darão uma prévia do que irá acontecer, porque muitas vezes você será surpreendido).

  A questão é a seguinte: como não é “viável” falar de todos os contos, afinal são mais de 60, será dito mais ou menos o que se encontra nesta antologia.

  Como já foi dito acima são contos fantásticos sobre a morte (e é o que está realmente escrito na capa). Mas o interessante é como a morte é abordada. Alguns autores retrataram a vida após a morte, outros retrataram a “passagem”, uns abordaram diretamente as causas da morte (mostrando até mesmo o próprio assassinato como tema central do conto), e uns poucos abordaram a morte como um indivíduo, como se fosse uma personagem mesmo. O intrigante é que alguns apelaram para o sobrenaturalismo, enquanto outros se mantiveram apenas no mundo humano simples (a rotina mesmo). Alguns autores puseram uma “moral” na história, outros nem se preocuparam com isso. Teve história com fim, e teve história com um fim sem fim (aquela em que o próprio leitor imagina o que acontece).

  Avaliando a obra como um todo, pode-se perceber que neste gênero há tanto pontos positivos quanto negativos.

  O bom de uma antologia é que o leitor tem à sua disposição diversas mini-histórias: você tem a oportunidade de se deixar levar em um conto e acaba sentindo falta dele quando acaba, ficando um gostinho de “quero mais”. Outro fator positivo é que uma antologia pode ser “pausada” quando o leitor bem entender, sem aquele compromisso de terminar tudo para não esquecer o que estava lendo, ou seja, é uma leitura que perdura sem problema, ideal para ser lido quando se tem um intervalo no meio do dia ou no finalzinho da noite.

  O ruim de uma antologia é que o leitor tem à sua disposição diversas mini-histórias: você se deixa levar pela história e ela acaba te frustrando quando termina, todo aquele universo que você conseguiu construir na sua cabeça simplesmente desmorona de uma só vez. Outro fator negativo é que uma antologia pode ser “pausada” quando o leitor bem entender, sem aquele compromisso de terminar tudo para não esquecer o que estava lendo, ou seja, é uma leitura que perdura com problema, uma vez que a obra não te instiga a ler a próxima página (o que você tem a perder se parar? Nada, porque tudo o que for lido dali para a frente não tem nada relacionado ao que você já leu); conclusão: a leitura pode levar mais dias do que o habitual, podendo chegar até a ser cansativa.

  Sim, para aqueles que prestaram atenção no que leram, os mesmos pontos positivos podem ser considerados negativos. Daí vai depender do que o leitor considera bom ou ruim. O negócio é ler e ver qual a sensação de ler algo desse gênero.

 

Por: Milla Pechta

Adoro antologias!

Data: 24-10-2011 | De: Blake

O título me chamou a atenção, fazendo-me deduzir sobre histórias ligadas à morte. Adoro contos, então achei o livro muito interessante. Espero ter a oportunidade de ler em breve.
Adorei o blog e já o estou seguindo. Passa depois lá pelo Sook.
Mandei-lhe um e-mail.
BjO

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